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Como a Criatividade pode salvar o seu Emprego – Parte 2

Quando pensa em salvar o seu emprego, a criatividade e técnicas criativas talvez não sejam as primeiras palavras que vêm à sua mente. Porém, de acordo com vários estudos, é crucial refletir sobre a importância da criatividade, sobretudo num mundo em que uma grande parte do nosso trabalho está a ser automatizada e em que a criatividade humana começa a ser um fator diferenciador e muito importante para o nosso bem-estar e sucesso.

Segundo a tabela em baixo do World Economic Forum, a criatividade subiu do 5º lugar em 2018 para o 3º lugar no ranking das competências mais importantes para ter em 2022.

Um outro gráfico interessante é o de S. Belsky, que mostra na parábola da produtividade humana que passámos o ponto de ‘Inversão Produtividade – Criatividade’, em que as máquinas (algoritmos, robôs, etc) se tornaram um melhor investimento para ganhos futuros de produtividade. Desta forma, teremos uma grande vantagem se nos focarmos mais na criatividade humana do que na produtividade. 

O que é criatividade e a relevância para o nosso sucesso pessoal e profissional

Existem muitas definições da criatividade. Uma das definições mais completas é esta (Sternberg, e.a.): ‘A criatividade é a capacidade de produzir um trabalho que seja novo (original, inesperado) e apropriado (útil, adaptável em relação às restrições da tarefa).’ Mas cuidado, ‘novo’ não quer dizer que tenha de ser algo mesmo feito do zero, porque isto hoje em dia é quase impossível. Criatividade é sobretudo fazer novas associações. Em vez de conectar A a B, é conectar A a 1. É juntar os conhecimentos que já possuímos de forma original. Assim, criatividade não está apenas relacionada com as profissões artísticas como muitas pessoas pensam, mas criatividade também é resolver problemas, arranjar novas soluções para problemas existentes. Ser mais criativo e descobrir estas soluções traz realização pessoal e profissional, traz alegria e autoconfiança. Quando temos acesso à nossa criatividade, conseguimos chegar a soluções que fazem sentido para nós, e conseguimos encontrar a combinação perfeita de fazer algo que amamos, que sabemos fazer bem, com soluções que o mundo precisa, e para o qual somos pagos, o ‘Ikigai’!

Todos nós nascemos criativos, mas temos de ter cuidado para não ‘matar’ essa criatividade ao longo da nossa vida.

Na minha opinião existem várias razões para muitas pessoas não conseguirem potenciar a sua criatividade. Partilhei algumas dessas razões recentemente numa conferência e farei um aqui um breve resumo.

 – Primeiro, à medida que crescemos, e devido à forma como somos avaliados na escola e no emprego, criamos um medo de errar e de experimentar soluções menos óbvias. Aprendemos a seguir o caminho mais seguro e não pensamos fora dos padrões já existentes.  

– Outra razão é a ansiedade, provavelmente relacionada com o tema anterior. Se vivemos constantemente em ansiedade, ou seja, a pensar naquilo que pode correr mal no futuro (um truque do nosso cérebro reptiliano para nos proteger!), não nos estimulamos para procurar outros caminhos, os menos óbvios, para solucionar os nossos problemas.

– A terceira razão é o medo do julgamento dos outros. Biologicamente o ser humano está programado para viver em grupos e a sua aceitação é muito importante para a nossa segurança psicológica. Porém, se esta aprovação começa a ter um grande peso na nossa decisão de avançar com algo ou não, deixamos novamente a nossa criatividade subaproveitada. Conheço pessoas que demoraram muito tempo para decidir montar o seu próprio negócio porque os seus familiares e amigos mais próximos os desaconselharam e falaram só dos riscos que existiam. Uma mulher até me confidenciou que só informou a família e amigos quando já tinha comprado o espaço e registado a empresa, porque não queria ouvir as críticas constantes. Como ouvi dizer: Quem mais critica normalmente é quem nunca tentou!

– O perfecionismo é outra armadilha que não nos deixa avançar para caminhos desconhecidos, porque pensamos demasiado em ‘bom’ e ‘mau’ e não em ‘ir melhorando’. Esta forma de pensar e trabalhar, chamada ‘Kaizen’ segundo a filosofia japonesa, é cada vez adotada por empresas ocidentais que implementaram uma cultura ‘Lean’. Numa conferência em que estavam presentes empreendedoras de topo, ouvi algumas dizer ‘Better done than perfect’. Esta frase tira um peso das nossas costas e abre caminhos para começar a tentar. Não é por acaso que elas conseguiram montar negócios de milhões!

 – Por fim, somos ensinados a dar respostas, e quanto mais rápido melhor. Mas se dedicássemos mais tempo a fazer perguntas, questionar o tema para chegar ao problema real (que às vezes não é aquilo que pensamos no primeiro instante!), despertamos a nossa curiosidade e a criatividade para ir mais longe. Esta atitude exige uma certa vulnerabilidade da nossa parte, que não é fácil para a maioria das pessoas. Confundimos vulnerabilidade com ser fraco, mas é exatamente o contrário, como Brené Brown descreve no seu bestseller ‘Dare to Lead’. Ser vulnerável é sinónimo de coragem, e coragem precisa-se num mundo cheio de pessoas que sabem criticar, mas não fazer, muito menos tentar!

Se gosta deste tema e quer ler as minhas dicas sobre como aumentar a sua criatividade, leia o meu artigo ‘Como a Criatividade pode Salvar o seu Emprego – Parte 1’ em https://www.linkedin.com/pulse/como-criatividade-pode-salvar-o-seu-emprego-manon-rosenboom-alves/ 

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Manon Rosenboom Alves – Formadora, facilitadora e mentora Soft Skills & Marca Pessoal

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